O filme "A Mulher Invisível" é estrelado por Selton Mello e Luana Piovani. Nele Pedro, personagem de Selton Mello, é abandonado pela esposa. Ele cai em depressão e se tranca em casa, o amigo Carlos (Vladimir Brichta) tenta ajuda-lo mas não consegue, sua vizinha Vitória (Maria Manoella) acompanha sua degradação da cozinha de sua casa. Pedro fica em depressão até que Amanda (Luana Piovani) bate em sua porta, e cuida dele sendo uma mulher perfeita. Ela consegue reerguer Pedro, mas ele descobre que Amanda é invisível. Uma comédia nacional espetacular, mais uma obra prima brasileira.
A análise abaixo é feita pela Natália.
De perto ninguém é normal, já dizia Caetano Veloso. Este filme demonstra com extrema sutileza e descontração essa frase.
Como uma forma espontânea, a personagem Pedro mostra que ao enfrentar uma situação de separação amorosa nos deparamos com a castração do nosso desejo, algo tão terrível para qualquer ser humano.
A “dor” de perder um amor ou ser libidinal a qual investimos parte do nosso ego é grande, pois na verdade nos apaixonamos por nós mesmos investindo no outro o que há de melhor em nós. Podemos comparar essa força libidinal com um trem sem maquinista, que segue com toda sua força correndo para fora dos trilhos.
A força libidinal não combina com o não e nem com a famosa “dor de cotovelo”. A dor de cotovelo é uma afronta ao nosso estado de agitação permanente, seria como se o seu trem sem maquinista e com força total ganhasse um maquinista, mas ele não é você nem o ser investido, enfim perdemos o controle do trem novamente.
O filme retrata com maestria que o personagem principal “cria” uma namorada, a mulher perfeita, a Amanda. Uma mulher disponível em sua mente que só vem a tona após Pedro passar um tempo de reclusão, devido a separação matrimonial. Ela vem para retira-lo de seu estado de torpor.
A sua criação, ou mecanismo de defesa, vem de encontro com a sua baixa tolerância a frustração. Criar um personagem para enfrentar a solidão para poder ir ao cinema, a boate, sem estar sozinho.
Ao ser confrontado com a realidade, Pedro “cai em si” e busca permanecer sóbrio diante da vida, e encontra a vizinha real que é apaixonada por ele.
Não queremos lidar com o nosso ego despedaçado com as nossas dores e angustias existenciais, lidar com a realidade e com as alegrias e tristezas, lidar com as perdas libidinais não é fácil. Investimos no outro fragmentos de nós mesmos, nossos pensamentos e emoções.
São pessoas enlutadas de amor que compõe os mais lindos poemas, músicas e obras literárias. E Pedro, utiliza dessa dor, desse luto para escrever livros, poemas e acaba se tornando um escritor de sucesso no filme.
Atualmente procuramos alivio imediato para as nossas dores com medicamentos, não que não sejam necessários, mas cria em nós um imediatismo para cessar certas dores. Mas para a dor do amor não há remédio. Dor existencial não tem remédio.
Para superá-la é preciso lutar, superar e seguir em frente, tendo a dor como aprendizado e não como ancora. É preciso lidar com a dor de amar.
Finalizo com a música de Beth Carvalho
“Como dói a dor de amar
Quem se desencanta sabe o que é chorar
Esse mundo não tem professor
Para a matéria do amor ensinar
Nem tão pouco se encontra Doutor
Dor de Amor é difícil de curar”
Como uma forma espontânea, a personagem Pedro mostra que ao enfrentar uma situação de separação amorosa nos deparamos com a castração do nosso desejo, algo tão terrível para qualquer ser humano.
A “dor” de perder um amor ou ser libidinal a qual investimos parte do nosso ego é grande, pois na verdade nos apaixonamos por nós mesmos investindo no outro o que há de melhor em nós. Podemos comparar essa força libidinal com um trem sem maquinista, que segue com toda sua força correndo para fora dos trilhos.
A força libidinal não combina com o não e nem com a famosa “dor de cotovelo”. A dor de cotovelo é uma afronta ao nosso estado de agitação permanente, seria como se o seu trem sem maquinista e com força total ganhasse um maquinista, mas ele não é você nem o ser investido, enfim perdemos o controle do trem novamente.
O filme retrata com maestria que o personagem principal “cria” uma namorada, a mulher perfeita, a Amanda. Uma mulher disponível em sua mente que só vem a tona após Pedro passar um tempo de reclusão, devido a separação matrimonial. Ela vem para retira-lo de seu estado de torpor.
A sua criação, ou mecanismo de defesa, vem de encontro com a sua baixa tolerância a frustração. Criar um personagem para enfrentar a solidão para poder ir ao cinema, a boate, sem estar sozinho.
Ao ser confrontado com a realidade, Pedro “cai em si” e busca permanecer sóbrio diante da vida, e encontra a vizinha real que é apaixonada por ele.
Não queremos lidar com o nosso ego despedaçado com as nossas dores e angustias existenciais, lidar com a realidade e com as alegrias e tristezas, lidar com as perdas libidinais não é fácil. Investimos no outro fragmentos de nós mesmos, nossos pensamentos e emoções.
São pessoas enlutadas de amor que compõe os mais lindos poemas, músicas e obras literárias. E Pedro, utiliza dessa dor, desse luto para escrever livros, poemas e acaba se tornando um escritor de sucesso no filme.
Atualmente procuramos alivio imediato para as nossas dores com medicamentos, não que não sejam necessários, mas cria em nós um imediatismo para cessar certas dores. Mas para a dor do amor não há remédio. Dor existencial não tem remédio.
Para superá-la é preciso lutar, superar e seguir em frente, tendo a dor como aprendizado e não como ancora. É preciso lidar com a dor de amar.
Finalizo com a música de Beth Carvalho
“Como dói a dor de amar
Quem se desencanta sabe o que é chorar
Esse mundo não tem professor
Para a matéria do amor ensinar
Nem tão pouco se encontra Doutor
Dor de Amor é difícil de curar”
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