Hoje trazemos a análise do filme Reine Sobre Mim de Mike Binder. O filme fala da história de Charlie (interpretado por Adam Sandler) e Alan (Don Cheadle) que se encontram após anos e retomam a amizade. Essa amizade mexe com os sentimentos de ambos, Charlie perdeu a familia num acidente e Alan se sente sobrecarregado pelas responsabilidade profissionais e pessoais.
A análise é feita pela psicóloga Natália
Filme: “Reine Sobre Mim”
O filme demonstra, ou melhor, mostra um lado da vida que esquecemos: a morte
Freud nos diz: “Mas será que não devemos confessar que, com nossa atitude civilizada diante da morte, temos nos elevado mais uma vez acima de nossa condição e devemos, portanto renunciar á mentira e declarar a verdade? Não seria melhor dar a morte na realidade e, em nossos pensamentos, o lugar que lhe corresponde” Freud 1915
O filme nos lança uma pergunta de uma forma sutil e límpida: “Se fosse eu que perdesse toda a minha família, como eu agiria?”
Devido a morte da mulher e dos filhos, Charlie rompe com o passado obscuro e faz uma outra realidade, uma vida de adolescente, sem compromissos, “criando um mundo paralelo”. Isso acaba entrando em conflito com sua idade cronológica.
A baixa auto-estima, melancolia, a cozinha nunca acabada (terminar de construir a cozinha foi um pedido da esposa) são sinais de luto patológico.
A amizade de Charlie com Alan foi o único vínculo criado que o despertou para a vida, o seu amigo não sabia do seu passado, pois tinham passados anos que eles não se viam, e essa amizade levou ao rompimento e descontentamento com essa vida, aproximando-o ao seu tempo o gosto pela vida.
Existe uma estreita faixa entre luto normal e luto patológico. O luto normal dura entre seis meses a dois anos atravessando diversas fases. O luto patológico, que é o que o filme nos traz, nos remete a importância de pequenos momentos, um sorriso, um abraço, a realização de um sonho.
O seu vínculo fortalecido com o amigo o ajuda a elaborar suas questões sobre a vida, a comunicação com a vida, o direito de ser ele e não uma representação. Isso nos dois personagens, pois quando Alan reencontra o amigo Charlie, ele começa a passar um pequeno período de crise no casamento e a amizade que trouxe a crise o ajudou a superá-la.
Finalizo com uma frase conhecida e bíblica, que se encontra no livro de Eclesiastes, capítulo 3 versículo 2:
“Existe um tempo para cada coisa, ... há um tempo para nascer e para morrer”
Viva a vida e lembre-se que ela é bela porque tem um fim.
O filme demonstra, ou melhor, mostra um lado da vida que esquecemos: a morte
Freud nos diz: “Mas será que não devemos confessar que, com nossa atitude civilizada diante da morte, temos nos elevado mais uma vez acima de nossa condição e devemos, portanto renunciar á mentira e declarar a verdade? Não seria melhor dar a morte na realidade e, em nossos pensamentos, o lugar que lhe corresponde” Freud 1915
O filme nos lança uma pergunta de uma forma sutil e límpida: “Se fosse eu que perdesse toda a minha família, como eu agiria?”
Devido a morte da mulher e dos filhos, Charlie rompe com o passado obscuro e faz uma outra realidade, uma vida de adolescente, sem compromissos, “criando um mundo paralelo”. Isso acaba entrando em conflito com sua idade cronológica.
A baixa auto-estima, melancolia, a cozinha nunca acabada (terminar de construir a cozinha foi um pedido da esposa) são sinais de luto patológico.
A amizade de Charlie com Alan foi o único vínculo criado que o despertou para a vida, o seu amigo não sabia do seu passado, pois tinham passados anos que eles não se viam, e essa amizade levou ao rompimento e descontentamento com essa vida, aproximando-o ao seu tempo o gosto pela vida.
Existe uma estreita faixa entre luto normal e luto patológico. O luto normal dura entre seis meses a dois anos atravessando diversas fases. O luto patológico, que é o que o filme nos traz, nos remete a importância de pequenos momentos, um sorriso, um abraço, a realização de um sonho.
O seu vínculo fortalecido com o amigo o ajuda a elaborar suas questões sobre a vida, a comunicação com a vida, o direito de ser ele e não uma representação. Isso nos dois personagens, pois quando Alan reencontra o amigo Charlie, ele começa a passar um pequeno período de crise no casamento e a amizade que trouxe a crise o ajudou a superá-la.
Finalizo com uma frase conhecida e bíblica, que se encontra no livro de Eclesiastes, capítulo 3 versículo 2:
“Existe um tempo para cada coisa, ... há um tempo para nascer e para morrer”
Viva a vida e lembre-se que ela é bela porque tem um fim.
assistindo esse filme me identifiquei um pouco em relação aos meus sentimentos devido á doença de meu marido que o alienou em um mundo diferente do meu.Na verdade me parece que de alguma forma ele morreu... isto é normal?
ResponderExcluirfilme extraordinario
ResponderExcluirAdorei o comentario, pois me apaxoinei pelo filme e estou pensando em fazer uma analise deste para meu TCC, me pareceu também que este desencadeou um transtorno de estresse pos traumatico o que vc acha?
ResponderExcluirEspero não passar por isso, ou qualquer pessoa que conheço e mesmo quem não conheço, viver com isso, dentro, bem profundo, acho que seria pior que morrer, cada DETALHE, lembra o amor, filhas, familiares, nossa.. não suportaria.
ResponderExcluir+ ótimo filme.
Apesar de não ser um filme novo só agora o assisti e foi emocionante, Não perdi toda minha família, perdi meu filho único que para mim era toda minha família, não tenhos mais meus pais e se passaram 20 anos. ele morreu com 15 lindo, inteligente e tudo para mim, amigo, pai, filho,,,tudo q se espera de várias pessoas. Não me firmei mais em nenhuma profissão ou relacionamento. Cursei psicologia mas na reta final, no estágio clínico não consegui e passei por um estresse patológico terrível. Tentei novo relacionamento que igualmente não durou. Me sinto só no mundo. Por mais que pessoas se aproximem de mim, essa sensação permanece. Não tinha me dado conta do quanto fiquei isolada, do quanto então meu luto foi, ou é patológico. A única que conseguiu alcançar meu coração e por quem sinto o maior amor, quase de mãe mesmo é uma sobrinha-neta q chamo de netinha. Mudei de cidade e de estado quando ela tinha dois meses de idade. Depois ela se afastou qdo seus pais se mudaram porém agora aos 10 anos de idade passou férias comigo e percebi que continua linda, carinhosa e doce comigo e vi que é realmente a única por quem consegui sentir um afeto imenso. Esse filme me fez entender melhor o porque preciso morar em um lugar menor, uma praia, onde vivo sozinha mas com a única coisa que necessito hoje, paz. Nada que me estresse, ninguém que me chame para a vida além do que posso ir....saio para as coisas do dia a dia, converso com as pessoas, muitas vezes estou bem mas vez emquando caio no fundo do poço, por sorte mais raramente de um ano para cá. Muitas vezes tentei suicídio mas hoje já não penso nisso. Quero ter esse filme para poder assistí-lo e ter ajuda para me compreender melhor...
ResponderExcluirSou formado em medicina e estou no fim da minha pós graduação em psiquiatria. Me apavoro com o fato de meus pais terem mais de 60 anos e, portanto estarem mais perto da morte. Sou casado e ainda não tenho filhos mas planejamos ter. Enfim, voltando ao meu raciocínio, tento entender a dor de um pai que perde um filho e acho que deve ser insuportável, porém só tendo os meus para saber. Mas me sensibilizo com isso e mesmo não te conhecendo desejo toda a felicidade do mundo para você. Um abraço
ExcluirAnalise perfeita!
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