quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Música: Fazendo Música, Jogando Bola - A Hora Lúdica na música

A música "Fazendo Música, Jogando Bola" foi escrita por Pepeu Gomes e Baby do Brasil (na época, Baby Connsuelo) em 1982 no disco "Um Raio Laser" de Pepeu Gomes. Ganhou atualmente uma versão feita por Pedro Mariano no disco "Voz no Ouvido".

A análise foi feita por Leandro

O trabalho de psicoterapia infantil muitas vezes é mal entendido pelos pais, responsável e por outros que vêem de fora o trabalho lúdico, mas Pepeu Gomes e Baby do Brasil (ou Baby Consuelo, é a mesma) captaram algo na música “Fazendo Música, Jogando Bola” a base da hora lúdica na psicoterapia.

A técnica de utilizar brinquedos na psicoterapia infantil é antiga, muito bem descrita por Mellanie Klein, ela nos fala que a criança emprega no ato de brincar suas ansiedades e fantasias. A criança passa a brincar e com isso expressa melhor aquilo que sente, o inconsciente falando através dos jogos lúdicos. A simplicidade do brinquedo possibilita que a criança utilize este mesmo de diversas formas conforme o material que for apresentando, e desta forma, nos auxilia a chegar num quadro mais coerente das atividades de sua mente. Winnicott nos ensina que é apenas no brincar que crianças e adultos liberam sua capacidade criativa.

Para podermos viver melhor e compreender melhor nossa existência precisamos criar, sermos seres criativos. Winnicott nos fala que a criatividade é toda a atitude que está relacionada a atividade externa, que é apenas através da criatividade que o individuo sente que a vida deve ser vivida, que é digna de ser vivida.

Com base nestas duas grandes personalidades da psicanálise e da psicoterapia, vemos a importância que o brincar e a criatividade tem para o ser humano. É necessário utilizarmos a nossa criatividade, brincar, para podermos confrontar a difícil realidade externa, os problemas do dia a dia, e também para enfrentarmos as nossas dificuldades internas também.

As expressões artísticas nada mais são do que a expressão da criatividade de um (ou mais) indivíduos, vejamos as musicas, filmes, livros, são obras criativas que muitos utilizaram para dar vazão a sentimentos internos que não podiam ser expressos claramente.

O jogar bola, fazer música são expressões claras da criatividade brasileira, afinal quantas pessoas conhecemos que gostam de jogar bola, que fazem jogadas criativas para marcar um gol, ou que são músicos amadores, fazendo suas músicas, batucadas e expressando aquilo que sentem?

Que possamos neste dia das crianças e em todos os outros dias que virão aprender a utilizar nossa criatividade para “sacar a vida e ser feliz!”

Segue abaixo a versão feita por Pedro Mariano.

sábado, 27 de agosto de 2011

Dia do Psicólogo

Hoje é dia do Psicólogo, estamos aqui para parabenizar a todos os nossos amigos e colegas de profissão e também falar de alguns filmes cuja temática, personagens, enfim, que nos remetem de alguma maneira a esse mundo maravilhoso da psicologia:

Máfia no Divã


Paul Vitti (Robert De Niro), o chefe de uma "família", tem repentinamente ataques de ansiedade por causa de problemas do passado. Assim, decide consultar secretamente Ben Sobel (Billy Crystal), um psiquiatra, pois se a história se espalhar vão dizer que ele está "frouxo". Mas o pior é que Vitti deseja estar curado em apenas duas semanas, quando acontecerá um grande reunião da Máfia, e Sobel está viajando para Miami, onde pretende se casar com Laura MacNamara (Lisa Kudrow). Vitti é o tipo de pessoa que está acostumado em ter qualquer pessoa que trabalhe para ele a disposição vinte e quatro horas por dia, assim Sobel passa a ser "requisitado" pelos capangas de Vitti nos horários e lugares mais impróprios, inclusive na hora de seu casamento. Paralelamente, os agentes federais até forjam provas para que Sobel torne-se seu informante e diga quando e aonde será esta reunião das "famílias".



Divã


Mercedes (Lília Cabral) é uma mulher casada e com dois filhos que, aos 40 anos, tem a vida estabilizada. Um dia ela resolve, por curiosidade, procurar um analista. Aos poucos ela descobre facetas que desconhecia, tendo que contar com o marido Gustavo (José Mayer) e a amiga Mônica (Alexandra Richter) para ajudá-la.



Amigo Oculto


David Callaway (Robert De Niro) é um homem que enviuvou recentemente, vivendo agora apenas com sua filha Emily (Dakota Fanning), de 9 anos. Emily cria um amigo imaginário chamado Charlie, com quem costuma brincar de esconde-esconde. Só que aos poucos Charlie se revela como alguém malvado e vingativo, o que ameaça a próprio família Callaway.



Cisne Negro

Beth MacIntyre (Winona Ryder), a primeira bailarina de uma companhia, está prestes a se aposentar. O posto fica com Nina (Natalie Portman), mas ela possui sérios problemas interiores, especialmente com sua mãe (Barbara Hershey). Pressionada por Thomas Leroy (Vincent Cassel), um exigente diretor artístico, ela passa a enxergar uma concorrência desleal vindo de suas colegas, em especial Lilly (Mila Kunis).



Reine Sobre Mim


Dois antigos colegas de alojamento escolar Charlie Fineman (Adam Sandler) e Alan Johnson (Don Cheadle) se encontram muitos anos depois e retomam sua amizade. Charlie, que recentemente perdeu sua esposa e filhos, está fugindo de sua própria vida, enquanto Alan está sobrecarregado por sua família e por responsabilidades profissionais. O reencontro oportuno se transforma numa corda salva-vidas para Charlie e Alan, ambos desesperadamente necessitando de um amigo de confiança nesse momento crucial de suas vidas.



Camisa de Força


Jack Starks (Adrien Brody) é um veterano da Guerra do Golfo que retorna à sua cidade natal, após se recuperar de ter recebido um tiro na cabeça. Jack sofre atualmente de amnésia, sendo que após ser acusado de ter assassinado um policial é recolhido a um hospital psiquiátrico. Lá o dr. Thomas Becker (Kris Kristofferson) faz com que Jack tenha drogas experimentais injetadas em seu corpo, como parte de testes para um novo tipo de tratamento. Imobilizado em uma camisa de força, Jack constantemente é trancado por um longo tempo em uma gaveta de cadáveres, no necrotério da clínica em que está. Completamente drogado, a mente de Jack consegue se projetar para o futuro, no qual conhece Jackie Price (Keira Knightley) e descobre que ele próprio irá morrer daqui a 4 dias.



Terapia do Amor


Rafi Gardet (Uma Thurman) é uma mulher de 37 anos, que mora em Nova York e se separou recentemente. Decidida a se dedicar à carreira, ela não quer se envolver em nenhum relacionamento amoroso. Mas sua opinião muda após conhecer David Bloomberg (Bryan Greenberg), um talentoso pintor de 23 anos, por quem se apaixona.



O Quarto do Filho


Giovanni (Nanni Moretti) é um psicanalista que reside e trabalha na cidade de Ancona, na Itália. Ele é casado com Paola (Laura Morante) e tem dois filhos: a menina Irene (Jasmine Trinca) e o jovem Andrea (Giuseppe Sanfelice). Sua vida transcorre tranqüila, dividida entre a família e o consultório, até que uma tragédia a transtorna completamente. Para atender ao chamado urgente de um paciente, Giovanni deixa de acompanhar o filho à praia e nesse passeio o rapaz morre afogado. A família, é claro, ressente-se profundamente com a morte e Giovanni sofre uma forte sensação de remorso, apesar do apoio da esposa.



Fale Com Ela


Em Madri vive Benigno Martin (Javier Cámara), um enfermeiro cujo apartamento fica diante de uma academia de balé, comandada por Katerina Bilova (Geraldine Chaplin). Ele fica freqüentemente na janela da sua casa, vendo com especial atenção uma das estudantes de Katerina, Alicia Roncero (Leonor Watling), por quem está apaixonado. Benigno chega ao ponto de marcar uma consulta com o pai dela, uma psiquiatra que tem um consultório na própria casa, só para ter uma chance de falar com Alicia, mas agora só consegue lhe dar um susto. Antes, porém, Benigno entrou no quarto dela e olhou o recinto com admiração, tendo roubado um prendedor de cabelos dela. Quando Alicia é ferida em um acidente de carro, que a deixa em um coma, é internada no hospital onde Benigno trabalha. Ele passa a cuidar dela, mas a atenção que dispensa com Alicia é totalmente acima do normal. Além disto Benigno fala com ela o tempo todo, movido por um misto de fé e amor, pois crê que de alguma forma ela possa ouvir. Após quatro anos, o quadro dela está inalterado e a dedicação que Benigno sente por ela também. Marco Zuluaga (Darío Grandinetti), um jornalista, é designado para entrevistar Lydia Gonzalez (Rosario Flores), uma conhecida toureira que teve o nome nos tablóides ao ter um tempestuoso romance com "El Nino de Valência" , um toureiro. Inicialmente ela foi ríspida, mas após ele ter matado uma cobra que estava na casa dela se tornou mais amável. Logo os dois iniciam uma relação, que estava destinada a ser curta, pois Lydia é atingida por um touro e considerada clinicamente morta. Por coincidência ela é internada no mesmo hospital onde está Alicia e logo Benigno e Marco ficam amigos, pois no início Marco nem conseguia tocar em Lydia, mas recebeu de Benigno um simples conselho: fale com ela.



Contatos de Quarto Grau


É um thriller provocativo ambientado em uma pequena cidade do Alasca, onde misteriosamente desde a década de 60 todos os anos são registrados um grande número de desaparecimentos. Apesar das diversas investigações do FBI, a verdade nunca foi revelada. Quando a psicóloga Dr. Abigail Tyler (/Milla Jovovich/) começa a gravar suas sessões com pacientes traumatizados acaba descobrindo as mais perturbadoras evidencias de abduções alienígenas, jamais reveladas ao público. Veja os fatos documentados por filmagens reais e tire suas conclusões.



Quando Nietzsche Chorou


Produção baseada no livro de grande sucesso, que também já virou peça de teatro, do escritor Irvin Yalom. O filme conta a história fictícia de um encontro entre o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (Armand Assante de Tudo por Dinheiro) e o médico Josef Breuer (Ben Cross de o Exorcista – O Início), conhecido por ter sido o mestre do pai da psicanálise, Sigmund Freud (que também aparece no filme na pele do ator Jamie Elman de o Preço de Uma Verdade). O filme se passa na época em que Nietzsche ainda é um filósofo desconhecido e com tendências suicidas. Ele está desesperado depois de se apaixonar por uma amiga, que acaba procurando o doutor Breuer para ajudá-lo. O médico, por seu lado, está envolvido emocionalmente por uma de suas pacientes. Assim, os dois começam mais do que uma ánalise, um verdadeiro conflito psicológico. O médico acaba envolvido pelas idéias de seu paciente mais famoso, e começa a perceber coisas que nem imaginava sobre si mesmo.



Aqueles que lembrarem de outros filmes, livros com psicólogos ou sobre psicologia compartilhem conosco!



quarta-feira, 22 de junho de 2011

Cascata de Livros - Alicia Martín

Pela primeira vez falarei com vocês e para vocês a respeito do trabalho da artista plástica espanhola Alicia Martín. Ela é famosa por seus trabalhos com livros. Como disse, ela é uma artista plástica e não escritora, então ela utiliza os livros como forma de mostrar sua criatividade para o mundo. Vejam abaixo as algumas fotos de alguns trabalhos dela (em uma das fotos encontramos a própria Alicia Martín).






Confesso que quando vi as fotos da primeira vez vieram várias coisas em minha cabeça, como “quanto livro jogado fora”, “quantas árvores são usadas para se fazer um livro?” e “o que será que ela quis dizer?”
Em busca pela internet através de sua história, me deparei com uma entrevista dela onde perguntaram “você alcançou seu objetivo?” e ela respondeu “sim, vejo como muitas crianças e adultos olham para as obras e é despertado neles esse desejo de conhecer um pouco mais do mundo literário”. Isso é o que ela disse conscientemente.

Acredito, e vou deixar claro que esta é uma visão MINHA, que pode haver muitas interpretações a respeito dessa “cascata de livros”. Sigam o meu raciocínio:
Nossas atitudes são tomadas através de conceitos que temos. Esse conceitos vão sendo criados através de experiências pessoais e atos de repetição (afinal nossa aprendizagem vem muito disso, da repetição de atos e palavras que nos são ensinados. Lembrem-se que para falarmos “mamãe e papai” alguém ficou repetindo isso na nossa cara quando éramos crianças). Pensem em tantas ideias, lembranças, estórias e histórias que permeiam nossa cabeça (mente, cérebro, enfim ...) e nunca podemos expressar. Cada ideia poderia muito bem dar um livro de 500 páginas. Nossa cabeça sendo um quarto onde guardamos tantos livros que ficam presos nela. E nunca conseguimos dar vazão a elas devido a “n” motivos. E esse projeto mostra que ela, que todos nós, devemos criar.
Se olharmos em volta, veremos que muitas pessoas não sabem mais criar, e digo criar num aspecto amplo da palavra. No aspecto que Winnicott define como “expressão humana”, uma expressão que vai alem do criar e vai para o viver.
As pessoas se apegam a determinados fatos, a determinadas situações e não conseguem mais sair delas! Não conseguem interiorizar, aceitar, viver o que está acontecendo naquele momento, naquela situação, e vive de maneira triste e amarga, se arrastando, podendo vir a surgir uma depressão e tantos outros problemas psicológicos.
Mas quando se vive uma situação, seja ela fácil ou difícil, uma situação nova ou antiga, que conseguimos identificar a situação, aceita-la, vive-la, e através dela vemos um caminho para seguir e seguimos este caminho felizes, neste momento criamos!
Dar vazão a nossa humanidade, desejo, sentimentos, nos faz ver o que temos no momento, podemos ver através deste objeto ou situação que nos encontramos. Podemos vivenciar além dele, pois criamos com e para esse objeto/situação. Uma dificuldade ou até mesmo alguma rotina deve ser tratada como um momento de criação, pois é um momento e uma vivencia única na vida.
Temos na história humana diversos homens e mulheres que encontraram uma dificuldade em seu caminho, e através do conhecimento que tinham, através da experiência de vida que tinham, eles lutaram, criaram, e venceram a dificuldade. Vemos que uma das fotos para mais uma “perna de livros” que uma cascata. Vejam como podemos encarar isto de forma abstrata, um gigante pisando no seu problema.
Num post já publicado aqui no Arte no Divã, vemos o dia a dia de Mandela em poder conduzir uma nação racista e dividida para uma nação unida (melhores informações sobre o filme “Invictus” procure em nosso histórico). Mahatma Gandhi também criou ao enfrentar os ingleses, usou do conhecimento que tinha obtido na sua experiência fora da Índia para lutar a favor dos seus.
Eles usaram os conhecimentos obtidos em livros, experiências pessoais e profissionais, para pisar nos problemas como gigantes.
No “post” sobre “Contos de Fadas” também citamos a importância da leitura dos contos para as crianças, adolescentes, adultos e idosos. Como a leitura (ou o ouvir das histórias) podem nos ajudar a elaborar, a criar sobre, um determinado problema/situação.
Que possamos dar importância a nossa criatividade, que possamos dar importância aos nossos livros e filmes, que possamos dar importância as nossas experiências, pois são através delas todas que conseguimos viver melhor!

Termino com uma frase do casal Diana Lichenstein Corso e Mario Corso, autores dos livros “Fadas no Divã” e “A Psicanálise na Terra do Nunca”
“Uma mente mais rica possibilita que sejamos flexíveis emocionalmente, capazes de reagir adequadamente a situações difíceis, assim como criar soluções para nossos impasses”.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Filme: Gente Grande




O filme "Gente Grande" de 2010 tem direção de Dennis Dungan, roteiro de Adam Sandler e Fred Wolf. No elenco estão o próprio Adam Sandler (Lenny Feder), Salma Hayek (Roxane Feder), Kevin James (Eric), Cris Rock (Kurt), Rob Schneider (Rob), David Spade (Marcus). O filme narra o reencontro de cinco amigos de infância durante o enterro de seu antigo treinador de basquete no feriado de 4 de Julho (Independencia dos E.U.A.) e seus 4 dias de folga numa casa de campo.

A análise foi feita pela psicóloga Natália

Como velhos hábitos que foram deixados para trás, na medida em que temos a oportunidade de revivê-los vivemos esse evento com a mesma intensidade de antes, pois nosso inconsciente e consciente guarda esses momentos mágicos.
O filme mostra os personagens após trinta anos de separação se reencontrando na mesma trajetória, a perda do grande técnico que os ensinou e que transmitiu valores além do esporte, e a partir desse momento de luto revivem momentos mágicos da infância esquecida.
Essa infância esquecida é também revivida pelos seus filhos que não estão acostumados a lidar com a afetividade, a interação cara a cara.
Tecnologia nós trouxe a comodidade e facilidade, e como tudo na vida tem duas faces. Essas faces não se encontram, a tecnologia nos trouxe algo de bom, entretanto nos retirou a criatividade de viver de recriar e essas armadilhas nos levam a não tolerar frustrações e medos.
O filme em contrapartida ensina aquelas crianças a reviver esse lado da brincadeira, de saber jogar pedrinhas no rio, pular amarelinha, cantar, dançar, pular, essas são as expressões corporais para transmitir afeto, criatividade para tolerar as frustrações.
Aqueles adultos reviveram a infância e seus filhos e esposas também, mesmo que a infância de seus filhos estava em plena forma ela ainda não tinha acontecido de fato, e ambos puderam reviver essa aventura gostosa de ser criativo e curioso, para poder amadurecer melhor.
Winnicoot escreveu sobre a criatividade, o brincar como uma forma de criatividade e que na fase adulta esse espaço pode ser preenchido pelas experiências culturais.

Devemos ir à busca dessas experiências culturais e ir à busca do self é ir em busca do “ser”, e não na busca “de ter”. O “ser” é garantido, o “ter” é passageiro!

O filme aproxima você do “ser”, do reviver, repetir para elaborar, no feriado eles puderam repetir para elaborar as perdas, angústias, medos de adultos, mas com a criatividade de uma criança.

Busquemos a nossa experiência cultural.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Atendimento Psicológico

Olá leitores!

Devido a busca de alguns leitores sobre psicoterapia, iremos divulgar agora nossos telefones para contato caso haja o interesse.

Mas afinal, pra que realizar a psicoterapia?
É um atendimento voltado para pessoas que buscam o auto-conhecimento, qualidade de vida, o desenvolvimento da criatividade, entre outros motivos de ordem pessoal.

Sou gestante, posso fazer psicoterapia?
Pode sim, a psicoterapia ajuda muito nesse momento tão especial para a nova família que será formada.

Meu filho tem 8 anos, posso coloca-lo na terapia?
Pode, a psicoterapia auxilia no desenvolvimento pessoal da criança, a ajuda a se compreender e a se expressar, que pode ocasionar a melhora no rendimento escolar.

Quanto tempo dura a sessão de psicoterapia?
O tempo médio para uma sessão é de 50 minutos, o número de sessões semanais varia de acordo com a necessidade do cliente.

Quem pode procurar um psicoterapeuta?
Todos que desejarem, podem ser crianças, adolescentes, adultos, gestantes, idosos.


Contato:
Psicóloga Natália Cristiane M. de Oliveira - CRP 06/92785
Fone: (11) 95250-0485
Psicólogo Leandro Carlos de Oliveira - CRP 06/104817
Fone: (11) 94977-2536

e-mail: artenodiva@gmail.com

Feliz Páscoa

Nós da equipe Arte no Divã desejamos a todos uma ótima Páscoa.

Equipe Arte no Divã
Leandro e Natália

sábado, 16 de abril de 2011

Filme: Cisne Negro - O (des)equilíbrio da agressividade


O filme Cisne Negro (2010) foi dirigido por Darren Aronofsky e é estrelado por Natalie Portman, Mila Kunis, Wynona Rider e Vicent Cassel. Ganhador do Oscar, Globo de Ouro de do BAFTA de Melhor Atriz (Natalie Portman) e ganhador do Independent Spirit Awards de Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Diretor e Melhor Fotografia. O filme narra a estória de Nina (Portman) que substitui Beth MacIntrye(Rider) como primeira bailarina de uma companhia de ballet. Devido a pressões do seu diretor (Cassel), Nina começa uma luta para ser a Rainha Cisne, que incorpora os dois papéis, o Cisnes Branco e Negro.


Análise feita pela Psicóloga Natália

Quanto nós somos capazes de fazer para ir à busca de um objetivo? Somos capazes de nos transformar para conseguir alcançar o tão esperado objetivo?
Como manter a estrutura egoica á frente da frustração e a persistência perante o real objetivo a ser alcançado, e o quanto ficará de nós nesse objetivo, nesse projeto?
No filme cisne negro, isso é claro o quanto daquela menina frágil fica para trás em prol do nascimento do cisne negro, o enredo é belíssimo, forte e impactante, a trama do balé antes visto como clichê ganha traços de psicose, claros e oriundos. Durante a trama nos é apresentado sua mãe que não permitia que sua filha se torna-se uma mulher a aprisionando de um modo sutil, em um mundo irreal.
A agressividade é importante segundo Winnicoot , o bebê precisa de agressividade para abocanhar o seio da mãe, fato esse ele morreria de fome e desintegraria, para ir em busca devemos ser agressivos ao ponto de rompermos com os nossos pais e buscarmos nosso próprio alimento, para a competição em uma seleção de emprego, a agressividade nós impulsiona.
A personagem principal lutava contra esses impulsos de agressividade, ela se apresenta de uma maneira técnica preciosa de detalhes, porém não sentia a dança em sua plenitude, era cobrada emocionalmente a sentir, na ânsia de viver o cisne negro plenamente.
Devida a busca fiel por uma perfeição, nunca alcançável, nós humanos devemos lidar com a falta e que a perfeição não é alcançável, como se render ao superego exigente e sanguinário, o superego é de extrema relevância para a vida em sociedade, mas porém ele pode nos cobrar demais e nos paralisa. Na ânsia de viver o cisne negro ela renuncia o cisne branco “somatizando” uma dermatite no lugar em que as asas do cisne negro nasceriam. Dermatite essa fruto de seus delírios e fuga para ansiedade e medo do fracasso.
Nesse ato heroico de dar vida ao cisne negro, ela mata o cisne branco e é acometida por um surto psicótico ao qual ela mata o cisne branco para que reine o cisne negro, ao qual a personagem mata sua parte aceitável, o cisne branco, para que apenas se concretize o cisne negro.
O filme é impactante não só no sentindo das crises psicóticas, que são bem elaboradas e realizadas com precisão incrível, mas a incapacidade da personagem de viver os seus dois lados à sombra, o lado obscuro, e o lado aceitável. Nós, meros mortais, temos esses dois lados e somos afetados por ambas as partes e assim devido ás frustrações e realizações de nossa vida, criamos a nossa estrutura egoica para tolerarmos as exigências do desejo e do aceitável.
A personagem cindiu a estrutura de ego e diante de um superego sanguinário e ameaçador nos revelou as armadilhas da perfeição e nos deixou um espetáculo maravilhoso e intrigante.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Sugestão do Mês: Filmes

Saudações!

Estaremos relacionando abaixo nossa dica de filme do mês:

Começando pela sugestão da psicóloga Natália.

A minha sugestão de filme para este mês é o filme “Querido John”, é um filme fantástico que relata como é o dia a dia de uma pessoa que convive com um pai autista. A interpretação de Richard Jenkins e Channing Tatum realmente emociona. Uma estória linda e maravilhosamente contada.

Segue abaixo a sinopse do filme:


"John, um jovem rebelde, se alista no exército logo após terminar a escola, sem saber o que faria de sua vida. Porém, durante sua licença, ele conhece Savannah, a garota de seus sonhos.
A atração mútua cresce rapidamente e logo transforma-se em um tipo de amor que faz com que Savannah jure esperá-lo concluir seus deveres militares. Mas ninguém pôde prever que os atentados de 11 de setembro pudessem mudar o mundo todo. E como muitos homens e mulheres corajosos, John deve escolher entre o seu amor por Savannah ou seu país.
Essa linda história não fala apenas do amor entre duas pessoas, que se vêem distanciadas pelas forças do destino, fala do amor incondicional, da renúncia pelo bem maior e da grandeza do amor paternal.
Uma obra comovente que nos faz refletir sobre as pequenas coisas que deixamos passar na vida: num beijo que não foi dado, um eu te amo que não foi dito, um carinho que passou do minuto de ser trocado."

A sugestão do psicólogo Leandro

Esse mês vou indicar o filme “O Vencedor”, que ganhou 7 Oscar’s incluindo o de melhor ator coadjuvante. Este filme fala de uma forma fantástica como é o amor de dois irmão, como é a sua dependência da família, da mãe. A busca pela vitória, de uma lado a vitória no boxe e no outro a vitória sobre as drogas. Ótimo filme e ótimos atores ... simplesmente fantático!

Segue sinopse do filme:


“1993. Dicky Ecklund (Christian Bale) teve seu auge ao enfrentar o campeão mundial Sugar Ray Leonard em uma luta de boxe, colocando a pequena cidade de Lowell no mapa. Até hoje ele vive desta fama, apesar de ter desperdiçado a carreira devido às drogas. Micky Ward (Mark Wahlberg), seu irmão, tenta agora a sorte no mundo do boxe, sendo treinado por Dicky e empresariado por Alice (Melissa Leo), sua mãe. Só que a família sempre o coloca em segundo plano em relação a Dicky, o que impede que Micky consiga ascender no esporte. A situação muda quando ele passa a namorar Charlene Fleming (Amy Adams), que o incentiva a deixar a influência familiar e tratar a carreira de forma mais profissional"

terça-feira, 29 de março de 2011

Filme: O Último Mestre do Ar - A elaboração do Luto



"O Último Mestre do Ar" de 2010 é um filme baseado numa série de animes, conhecido no Brasil como, Avatar. A estória fala de um garoto de 12 anos que precisa dominar seus poderes para dar a paz ao mundo. O filme foi dirigido por M. Night Shyamalan e estrelado po Noah Ringer como Aang, Nicola Petz como Katara, Jackson Rathbone como Sokka e Dev Patel como Zuko

A análise foi feita pelo Psicólogo Leandro

O filme “O Último Mestre do Ar” ganhou diversos prêmios no dia 26/02, os prêmios são de: pior filme, pior ator coadjuvante, pior 3D, pior roteiro e pior diretor. É, este filme foi o “grande” vencedor do Framboesa de Ouro, que é exatamente o inverso do Oscar. O diretor do filme (que também foi o roteirista) deve estar triste por isso, afinal ele não faz um filme para ganhar o premio de “pior do ano”, o sonho de ver mais um trabalho seu no Oscar morreu. Assim como os amigos de Aang morreram no filme. Tanto diretor como personagem tiveram que enfrentar o luto.
Para melhor explicar vou contar um pouco do filme (que é baseado num desenho). Essa estória fala sobre Aang, o último capaz de controlar o elemento Ar, que é declarado o Avatar do mundo. Não é o mesmo Avatar de James Cameron, neste filme o Avatar tem o papel de guiar o mundo com seus conselhos e sua experiência na vida e nos estudos. A cada 100 anos um novo Avatar nasce, e quando Aang é declarado o novo Avatar ele foge por medo de nunca mais ter uma família ou amigos por perto. Ao fugir fica preso por 100 anos numa redoma de ar dentro do mar. Ao sair, seus amigos estão mortos e o mundo um caos. Ao fazer novos amigos ele assume seu papel contra os maus, mas não o de Avatar. Para tanto ele precisa dominar os outros elementos, água, fogo e terra. Ao tentar dominar o primeiro elemento, Aang não consegue por ainda sentir uma profunda dor pela perda de seus mestres. Ele se acha culpado direto pela morte de seus antigos amigos e mestres e não consegue dominar os outros elementos. Essa culpa o debilita, pois percebe o quanto perdeu com a morte dos amigos, sendo o mesmo sentimento que todos sentem ao perder um ente querido. Nesse momento começa a elaboração do luto (ou pelo menos, deve começar).
O luto, como todos sabem, é o sentimento de perda por algo ou alguém, e como todos os sentimentos, precisamos vivenciá-lo e elaborá-lo. Não podemos ficar sempre presos a dor da perda, ou caímos numa imensa depressão e para sair é mais difícil. A perda nunca é fácil, perder um ente querido pode ser muitas vezes destruidor. A pessoa fica em casa, ou ao ir trabalhar não o faz direito, fica apenas se martirizando com sua dor. Negar a dor não o faz elaborar o luto, vemos no filme que Aang deixa a dor de sentir a morte dos amigos de lado, não a sente diretamente. Sentir a dor da perda é normal e deve ser sentida, não deve ser ocultada. O luto é deixar de investir naquilo ou naquela pessoa que depositamos carinho, amor, e começar a deslocar tudo o que direcionávamos para esta pessoa ou objeto para outro. Isso dói, pois pensar em não amar mais uma pessoa trás uma dor, mas não deixamos de amar aquela pessoa que partiu, mas começamos a depositar o amor que iriamos dar a ela para outra pessoa.
Aang só consegue controlar o segundo elemento quando sente a perda, encara a dor e o sofrimento, percebe que a fuga desses sentimentos ou o negar deles não o estava auxiliando, apenas atrapalhando. Deixar-se sofrer é bom, mas não ininterruptamente, é preciso encarar a dor, senti-la e depois deixa-la partir. Prolongar a dor, também faz mal.
Aang senti a dor, deixa-a agir e depois a dor parte, vai embora.
A dor faz parte da vida, vejamos a ostra: É da ostra que é retirada a pérola, a única gema de origem animal (diamante, topázios, pedras de Jade entre outras são de origem mineral), mas ele não é feito de forma simples e rápida. A pérola é uma proteção da ostra contra parasitas existentes na água que conseguem perfurar seu casco e adentrar até as vísceras dela. Como proteção a ostra libera uma substância para se proteger e com isso isola o parasita e a deixa com essa esfera, que para a concha seria como uma verruga. Elaborar uma pérola totalmente esférica leva por volta de três anos.
Aang agiu assim, provavelmente sem perceber. Sofreu durante um longo tempo, uma dor necessária para a elaboração do luto. A foi trabalhando internamente até poder encarar de frente a dor, trazer a tona o que ele precisava elaborar e assim controlar seus sentimentos e o segundo elemento.
A dor faz parte da vida, o luto também, que aprendamos a viver com as nossas alegrias e tristezas
É neste sentido que termino com uma pequena estória que ouvi

“Um homem tinha quatro filhos. Ele queria que seus filhos aprendessem a não ter pressa quando fizessem seus julgamentos. Por isso, convidou cada um deles para fazer uma viagem e observar uma pereira plantada num local distante.
O primeiro filho chegou lá no INVERNO, o segundo na PRIMAVERA, o terceiro no VERÃO e o quarto, o caçula, no OUTONO. Quando retornaram, o pai os reuniu e pediu que contassem o que tinham visto.
O primeiro, que chegou no inverno, disse que a árvore era feia e acrescentou: “Além de feia, ela é seca e distorcida!”. O segundo, que chegou na primavera, disse que aquilo não era verdade. Contou que encontrou uma árvore cheia de botões e carregada de promessas. O que chegou no verão, disse que ela estava coberta de flores que tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas que ele arriscaria dizer que eram a coisa mais graciosa que ele jamais tinha visto. O último, que chegou no outono, disse que a árvore estava carregada e arqueada cheia de frutas, vida e promessas...
O pai então explicou a seus filhos que todos eles estavam certos, porque eles haviam visto apenas uma estação da vida da árvore. Ele disse que não se pode julgar uma árvore ou uma pessoa, por apenas uma estação. A essência do que se é (como o prazer, a alegria e o amor que vem da vida) só pode ser constatada no final de tudo, exatamente como no momento em que todas as estações do ano se completam!
Se alguém desistir no INVERNO, perderá as promessas da PRIMAVERA, a beleza do VERÃO e a expectativa do OUTONO. Não permita que a dor de uma estação destrua a alegria de todas as outras. Não julgue a vida apenas por uma estação difícil. Persevere através dos caminhos difíceis... e melhores tempos certamente virão, de uma hora para outra”

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sugestão do Mês - Livros

Saudações!

Conforme relacionamos no último post, agora faremos nossas sugestões de livros. Começando pela sugestão da psicóloga Natália.


Começo estas sugestões com um livro maravilhoso que li, ele se chama "Melancia" de Marian Keyes. Este livro fala da vida de Claire, uma garçonete que é abandonada pelo marido após ter sua filha. Ele relata de forma maestral a luta dela, a força que ela vai ganhando ao decorrer do livro para lidar com a perda do marido (e porque não dizer, da família idealizada por ela), lidar com sua baixa auto-estima e com sua família. Espero que aproveitem esta deliciosa leitura, que está bem longe de ser um abacaxi!

Segue abaixo a sinopse do livro:

"Foi demais da conta para Claire o dia do nascimento da sua filha. Ao acordar no quarto do hospital depara com o marido olhando-a na cama. Deduzindo tratar-se de algum tipo de sinal de respeito, ela nem suspeita de que ele soltará a notpicia da sua iminente separação: "Ouça, Claire, lamento muito, ms encontrei outra pessoa e vou ficar com ela. Desculpe quanto ao bebê e todo o resto, deixar você desse jeito..." Em seguida, dá meia-volta e deixa rapidamente o quarto. Defato, ele sai quase correndo.
Com 29 anos, uma filha recém-nascida nos braços e um marido que acabou de confessar um caso de mais de seis meses com a vizinha também casada, Claire se resume a um coração partido, um corpo inteiramente redondo, aparentando uma melancia, e os efeitos colaterais da gravidez, como, digamos, um canal de nascimento dez vezes maior que seu tamanho normal!
Não tendo nada melhor em vista, Claire volta a morar com sua excêntrica família: duas irmãs, uma delas obcecada pelo oculto, e a outra, uma demolidora de corações; uma mãe viciada em telenovelas e com fobia de cozinha; e um pai à beira de um ataque de nervos. Depois de muitos dias em depressão, bebedeira e choro, Claire decide avaliar os prós e contras de um casamento de três anos. E começa a se sentir melhor. Aliás, bem melhor. É justamente nesse momento que James, seu ex-marido, reaparece, paea convence-la a assumir a culpa por te-lo jogado nos braços de outra mulher.. Claire irá recebê-lo, mas lhe reservará uma bela surpresa...
"

A sugestão do formando em psicologia Leandro

Fala gente! Eu tenho vários livros para indicar, mas como só posso escrever sobre um livro agora então irei falar sobre uma coleção (não falarei de cada livro em particular, apenas do primeiro) da coleção Percy Jackson e Os Olimpanos. São cinco livros que vçao contando a vida de Perseu "Percy" Jackson que descobre ser filho do deus Poseidon da mitologia grega. Ao saber deste fato ele se junta a outros "filhos de Olimpianos" para tentar provar que não é o garoto de uma profecia. Rcik Riordan é o autor desta série, ele transporta para os tempos atuais as velhas lendas gregas e faz isso de forma espetacular. Você não se cansa de ler o livro e fica querendo muito ler o próximo.

A sinopse do primeiro livro "O Ladrão de Raios" está abaixo:

"Primeiro volume da saga Percy Jackson e os Olimpianos, O Ladrão de Raios esteve entre os primeiros lugares na lista das séries mais vendidas do The New York Times. O autor conjuga lendas da mitologia grega com aventuras no século XXI. Nelas, os deuses do Olimpo continuam vivos, ainda se apaixonam por mortais e geram filhos metade deuses, metade humanos, como os heróis da Grécia antiga. Marcados pelo destino, eles dificilmente passam da adolescência. Poucos conseguem descobrir sua identidade.
O garoto-problema Percy Jackson é um deles. Tem experiências estranhas em que deuses e monstros mitológicos parecem saltar das páginas dos livros direto para a sua vida. Pior que isso: algumas dessas criaturas estão bastante irritadas. Um artefato precioso foi roubado do Monte Olimpo e Percy é o principal suspeito. Para restaurar a paz, ele e seus amigos - jovens heróis modernos - terão de fazer mais do que capturar o verdadeiro ladrão: precisam elucidar uma traição mais ameaçadora que a fúria dos deuses
"

Boa leitura a todos!

Feliz Aniversário Arte No Divã!!!

Saudações queridos leitores!

Hoje completou dois anos de publicações em nosso blog.

Gostaria de agradecer a todos que postam no blog e pelos diversos e-mail's que recebemos, é para poder ajudar a todos que realizamos este blog. Muitos já agradeceram pelo publicação de um filme, livro e personagem, pois ajudaram na realização de um trabalho escolar ou no entendimento da obra relacionada.

Peço desculpas por algumas vezes parecer que estamos ausentes, mas estamos sempre atentos ao blog, se atrasamos justifico os atrasos com os problemas relacionados ao serviços de ambos os membros do site.

E para solucionar isto, criamos algo novo para o blog, as Sugestões do Mês! Estas sugestões estão ligados ao gosto dos membros (neste caso, a Natália e Leandro) e estarão relacionados a sinopse de um livro e um filme que cada membro gostou. Aqueles que sentirem a vontade de opinar sobre algum livro ou filme que gostaram no último mês, podem realizar seus comentários a vontade.

Obrigado por mais uma vez se conectarem conosco!!

PARABÉNS ARTE NO DIVÃ!!!

Att,

Equipe Arte no Divã
Natália e Leandro

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Contos de Fadas



Análise feita por Leandro

“Era uma vez ... num lugar muito distante ...” é com esses dizeres que em sua maioria começa os contos de fadas. São estórias que encantam gerações, afinal muito que lêem este blog já viram ou se emocionaram com a “A Branca de Neve”, “A Pequena Sereia”, “A Bela e a Fera” (meu primeiro filme no cinema, por acaso) entre tantos outros contos que foram adaptados pelos estúdios Disney para o cinema ou televisão. Também foi adaptado para a televisão nos anos 80 para uma série chamada “Contos de Fada” que até hoje é televisionado pela TV Cultura. Se formos comparar dois contos de fadas, como por exemplo Os Três Porquinhos, da Disney e do “Contos de Fada” veremos que são diferentes. A Disney adaptou as estórias para fazer desenhos, filmes, seriados, com o intuito de divertir e ter lucro com esses contos. Enquanto que o programa “Contos de Fada” interpretava na integra a estória do conto (talvez com algumas adaptações para a roupagem da época, como no caso da estória “A Princesa e a Ervilha”, que no conto original e passado numa época medieval e neste programa foi feito no molde dos anos 80, as falas não mudavam, apenas a roupagem, o que não tirou o seu conteúdo como nas adaptações da Disney). E mesmo tendo suas diferenças os contos de fadas são aclamados até hoje, é só irmos até uma livraria ou banca de jornal que já vemos material cujo conteúdo são contos de fadas, sem falar dos incontáveis livros a respeito de suas propriedades dentro da pedagogia e da psicologia. E é nesta última que me atentarei.
Os contos de fadas são temas de estudos de diversos trabalhos científicos e seu uso dentro da psicologia é bem amplo. Vou citar 4 autores que fizeram estudos do contos de fadas e seu uso e potencial psicológico: Bruno Bettelheim (autor do livro “Psicanálise dos Contos de Fadas”), Marie-Louise von Franz (autora de diversos livros junguianos, incluindo “A interpretação dos contos de fadas” e “A sombra e o mal nos contos de fadas”), o casal Diana Lichtenstein Corso e Mário Corso (autores do “Fadas no Divã” e do recém lançado “A Psicanálise da Terra do Nunca” - estou considerando o casal como um único autor) e Radino que realiza um trabalho voltado para o uso do conto de fada na psicoterapia e nos trabalhos psicopedagógicos ("Contos de Fadas e a Realidade Psiquica").
Em todos estes estudos foi possível constatar que os contos de fadas interagem com a mente do individuo independente da idade, mas vou focar mais no trabalho dentro da infância (0-12 anos) que em outras faixas etárias.
Bettelheim averiguou o quanto as estórias, em sua forma original, podem influenciar no desenvolvimento infantil, auxiliando o infante na busca pelo significado de sua vida, que no futuro ele poderá olhar de forma racional (e subjetiva) para todos os conceitos que ele formou durante estes anos, chegando na chamada “maturidade psicológica”. Os contos ajudam a criança a interagir com outras pessoas, saindo de sua existência autocentrada para a existência coletiva e individual, e com isso entender a si e ao outro.
Outro aspecto importante é que os contos se comunicam diretamente ao inconsciente do individuo, onde o mesmo pode se deparar com a bruxa má, lobos, heróis e princesas que permeiam seu imaginário e sua vida real.
Vida real? Sim, a criança começa a fazer uma ligação entre os personagens da ficção com os personagens da vida real (pais, irmãos, avós, primos). Essa ligação ajuda a criança a entender os sentimentos que tem por todos aqueles que estão em seu meio. Os contos de fadas exteriorizam os sentimentos infantis tornando cada sentimento compreensível devido a representação deles pelas personagens. Ele consegue olhar para a bruxa má e a fada madrinha e enxergar a própria mãe nas duas personagens, consegue simbolizar os sentimentos de raiva e medo da bronca da mãe na personagem “bruxa má” enquanto todo o carinho e afeição que a mãe dispõe ao filho ele simboliza na “fada madrinha” e desta forma ele pode organizar melhor seus sentimentos.
Ao conseguir identificar seus sentimentos nestes personagens a criança pode se apropriar destes sentimentos e compreende-los melhor.
Cada conto de fada pode nos mostrar uma gama de interpretações, não irei realizar neste momento alguma interpretação, mas este é apenas um começo já que o inconsciente é grande e as portas para ele são várias.


Gostaria de acrescentar que em breve postarei uma parte de meu TCC aqui no blog, que fala justamente sobre a utilização dos Contos de Fadas na psicoterapia, mas por enquanto vamos ficar com um pouco do mundo Maravilhoso das Fadas

Referências:

BETTELHEIM, B. A Psicanálise dos Contos de Fadas, 22° ed. São Paulo: Paz e Terra, 2008

CORSO, D. L.; CORSO, M. Fadas no Divã Psicanálise nas Histórias Infantis. Porto Alegre: Artmed Editora, 2006

RADINO, G. Contos de Fadas e a Realidade Psíquica: A importância da Fantasia no Desenvolvimento. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003