domingo, 24 de junho de 2012

Filme: Jumanji



Tabuleiro, peças, um mundo fantástico, o nome do jogo: Jumanji! No filme o pequeno Alan Parrish acha um baú onde esta um jogo, ele com sua amiga Sarah começam a jogar, porém eles se surpreendem ao ver que aquilo que saia no jogo acontecia na “vida real” e logo Alan ficou preso no jogo por sua amiga não jogar logo em seguida. 26 anos depois, duas crianças encontram o jogo e adicionam suas peças para jogar até que percebem que eles precisam  dos outros jogadores. Resumindo o filme: muita aventura para crianças! Mas agora eu venho com minha pergunta: Só no Jumanji as coisas acontecem? Não vale dizer Zatura!
Essa aventura acontece sempre que jogamos, o jogo muitas vezes nos oferece uma fuga desta nossa vida real, mas na maioria das vezes nos ajuda a encarar a vida real.
Vamos pensar no prática da ludoterapia. A primeira pratica registrada do método ludoterapico dentro de uma sessão de psicanálise foi feita por Melanie Klein, onde utilizou de sua criatividade para que pudesse criar um vinculo com seu paciente e conseguir trabalhar com suas ansiedades, seus traumas. Com o passar do tempo temos vários outros trabalhos voltados para a ludoterapia.
Dentro do filme vemos o processo do jovem Alan de encarar a realidade, utilizando de suas aventuras dentro de Jumanji e depois no futuro (ou seria tudo parte da imaginação dele e de Sarah?).
Bom, para melhor exemplificar o que quero dizer vou estragar um pouco a estória do filme (caso alguém não tenha visto ainda). No começo do filme, Alan e Sarah são crianças entrando na adolescência e estão começando a aprender a lidar com seus anseios, libidos, traumas, bullying entre outros aspectos particulares de cada um. No final do filme, ele vira dono e presidente da empresa de sapatos de seus pai e se casa com Sarah.
Para poder chegar numa posição de alto nível dentro da empresa ele teve que passar por muitas experiências, enfrentar multidões (ou uma manada de elefantes, zebras, girafas, rinocerontes), entender como lidar com sua sexualidade reprimida (no sótão, onde estão as aranhas e leões), entender melhor o público consumidor de seu produto (a garota mentirosa e o pequeno garoto-macaco) e, acima de tudo, enfrentar o poder daquele que controla a empresa (floresta) do líder (caçador): seu pai Sam Parish (ou o caçador Van Pelt).
De forma a entender melhor sua vida, muitas vezes a criança (e também o adulto) precisa primeiro fazer uma ponte entre seu mundo interior e o mundo exterior. Desta forma, utilizando a fantasia existente nos jogos, ele pode ordenar seus sentimentos contraditórios (do pai amado e bondoso do pai malvado e castrador – pai/caçador), suas perspectivas sobre o mundo, sua sexualidade.
Afinal de contas, todos nós precisamos, ao menos por um momento, de um jogo para poder nos acalmar ou poder entender melhor determinada situação. Um dia precisamos dos carrinhos pequenos e carros maiores para poder entender que crescer é bom, saudável, porém sempre com risco.
Vamos encarar a vida de forma mais prazerosa, que possamos jogar com e como crianças, que possamos entender que com dois simples riscos podemos fazer um guarda-chuva!

2 comentários:

  1. Amo esse filme, via sempre na sessão da tarde, daqueles q vemos mais de uma vez e mesmo assim não perde a graça.

    Sou aspirante a poeta, se puder dar um incentivo, aguardo a visita.

    http://ateliepontodevista.blogspot.com.br/

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  2. Muito bom filme, assisti 2 vezes e da um ar de felicidade em saber que mesmo como deveria ser os filmes, bem animados e com efeitos especiais não tão exagerados, para não fugir fora da realidade.

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