sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Filme: Avatar



O filme Avatar tem direção de James Cameron, no elenco estão Sam Worthington, Zoe Saldana, Michelle Rodriguez, Sigourney Weaver, Giovanni Ribisi. Noo filme é contado a estória de Jack Sully (vivido por Sam Worthinton) que ao chegar em sua cadeira de rodas num planeta desconhecido vive aventuras para cumprir seu dever como soldado, mas as aventuras passam mais tarde para seu dever com um povo, com a vida. Indicado a 9 prêmios da Academia (o Oscar), sendo que ganhou 3 deles: MelhorFotografia, Direção de Arte e Efeitos Especiais.

Análise feita por Natália





Qual é o seu Avatar para as dores existenciais?


O filme Avatar é surpreendente! Além de efeitos fantásticos e um enredo incrível onde demonstra com primazia a importância da natureza e do amor pela vida e a superação. A personagem principal utiliza um Avatar para explorar Pandora, que é um mundo alienígena habitado pelos Na’vi para melhor integração, conhecê-los e usurpar as preciosidades de sua terra.
A personagem utiliza um Avatar para se integrar e conhecer os mistérios daquele lugar, separando as frustrações de seu “eu humano” do seu “eu Na’vi” (ou pelo menos, tentando), enquanto nós meros seres-humanos limitados com dores existências às frustrações do dia a dia as perdas.
Existe uma música que define as frustrações dizendo que “Não há nada sem separação” é pensando que percebemos que as conquistas das vidas são feitas de separação. Para se tornar adolescente e “comprar as suas opiniões” (no sentido de ter suas próprias opiniões) é necessário se separar da criança que antes vivia da opinião dos pais.
A mesma dinâmica acontece com a vida de solteiro, é preciso abandonar para amadurecer e viver uma vida a dois. Somos obrigados a realizar inúmeras separações para nos adaptar.
Quando não há a adaptação das separações, quando não há sequer elaborações existenciais, criamos avateres para lidar com as frustrações da nossa existência, do nosso “Ser no Mundo”. Esses avateres são a dependência química, as doenças psicossomáticas e outras com a síndrome do pânico a depressão.
A dependência química é o entorpecer da dor. Adoramos fingir que nada está acontecendo e o adicto é aquele que tem uma baixa tolerância à frustração e o avatar para suas dores existências são as drogas, que dão prazer entorpecente.
As doenças psicossomáticas Eu diria que todo o adoecer carrega as emoções embutidas em si, motivadoras ou não elas estão lá e negá-las é um meio de fortalecê-las. O Avatar para as dores que não conseguimos elaborar são as doenças psicossomáticas, afinal “Quando a boca fala os órgãos calam, quando a boca cala os órgãos falam”.
A depressão é um entorpecer para a vida, ou melhor, o não querer viver daquela maneira, e a inflexibilidade diante da vida e das dores da alma é não a adaptação à separação a qual estamos sujeitos a todo o momento sendo este é o Avatar para não lidar com as mesmas.
Diante desses Avatares que estão embutidos na alma humana devemos ter a consciência que todos estão vulneráveis que nosso legado, que é Amar e trabalhar segundo Freud, estão estritamente ligados a frustrações.
A personagem principal se entrega após algumas batalhas junto de seu avatar e o vive o avatar; se nos entregamos aos nossos avatares não vivemos a nossa essência e acabaremos não adaptando as realidades que nos “atropelam” o nosso existir. A psicologia como ciência da alma, do existir, da escuta do outro (que dentro desse encontro se escuta) e dentro da grandeza das palavras há a libertação da alma, portanto é uma ciência que estuda a loucura da vida que acalma e orienta as dores da existência.
Dores essas que nos impede de gozar em plenitude a vida, sem os avatares nos amarmos em essência e se não conseguimos sozinhos superá-los procure a ajuda do profissional da escuta e da palavra, o Psicólogo, o Psicoterapeuta e se liberte dos seus avatares. Ajudaremos a encontrar o caminho mas quem a trilha é você.

“Sei lá... a Vida tem Sempre Razão", de Toquinho e Vinicius de Moraes na voz de Chico Buarque, Miúcha e Tom Jobim.
Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída.
Como é, por exemplo, que dá pra entender:
A gente mal nasce, começa a morrer.
Depois da chegada vem sempre a partida,
Porque não há nada sem separação.
Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão.
Sei lá, sei lá, só sei que ela está com a razão.
A gente nem sabe que males se apronta.
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe,
E o sol que desponta tem que anoitecer.
De nada adianta ficar-se de fora.
A hora do sim é o descuido do não.
Sei lá, sei lá, só sei que é preciso paixão.
Sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão.

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