quinta-feira, 11 de junho de 2009

Filme: A Vida é Bela


"A Vida é Bela", escrito, dirigido por Roberto Benigni ganhou 3 Oscar's: Melhor ator (Roberto Benigni), Melhor filme estrangeiro e Melhor Trilha Sonora em Drama. Este filme se passa em 1940 na Itália, onde Guido (Roberto Benigni) é levado para um campo de concentração nazista e tem que usar sua imaginação para fazer seu pequeno filho acreditar que estão participando de uma grande brincadeira, com o intuito de protegê-lo do terror e da violência do regime Nazista.


Análise realizada por Leandro


Este filme relata a história de uma família que é presa pelos nazistas durante a segunda guerra, mas é centrado na relação de Guido e seu filho Giosué durante o tempo de cárcere.
No começo do filme, porém, não é relatado o terror dos campos de concentração, mas mostra como Guido cuida de sua família, seu tio, seus amigos, sua mulher e filho. Guido mostra sua criatividade quando poderia achar que não tem mais chance de nada.
Guido utiliza um cavalo que foi pintado por nazista com os dizeres “porco judeu” para conquistar sua amada (ele chega com o cavalo na festa de noivado dela), faz uso da criatividade para conseguir um emprego, e em outra parte para mostrar como alguém sem recursos pode ter uma vida com privilégios, a alegria.
Com o filho já crescido Guido brinca com a situação da prisão, ele diz para o filho “Isso tudo é um jogo! Quem marcar mais pontos ganhará um premio, um tanque de guerra!” e para não desesperar o filho, para que Giosué não percebesse as monstruosidades cometidas naquele campo, envolve todos os prisioneiros para que o filho possa pensar que tudo aquilo é uma brincadeira.
Guido sabia do que as terríveis imagens que o campo de concentração poderia provocar no filho. Ele mesmo agradece que o filho estivesse dormindo quando encontra um pequeno monte formado por corpos humanos.
Existe um dito popular que diz “é brincando que se aprende”, e na brincadeira Guido fez o filho dele aprender como se comportar naquelas situações de perigo. Brincando ele ensinou ao filho como sobreviver a guerra.
Guido transforma todo o medo, terror, desespero que sentia naquele campo de concentração em força de sobrevivência, o “instinto paterno” dele precisava salvar o filho, precisa fazer com que ele tivesse uma chance de sair de lá sem levar grandes traumas da guerra.
E consegue. Consegue fazer com que o filho se esconda e como premio encontre o tão esperado tanque de guerra.
Guido salva uma parte de si naquele garoto, salva a inocência, a pureza de suas brincadeiras, o amor por Dora. Mesmo não podendo salvar a si próprio ele conseguiu fazer o milagre de salvar aqueles que mais ama, o filho e a mulher.
Em outro momento do filme, Guido tenta dar um sinal para a mulher que estão bem. Ele consegue no mega fone do campo colocar a música de quando se conheceram, e ela começa a ouvir e cria força, ela demonstra ganhar uma nova energia ao perceber que as pessoas nas quais tinha investido tanto tempo, trabalho, suor, estavam vivos.
Muitos trabalhos científicos, livros, filmes, mostram que no momento de sobrevivência o que conta é salvar a própria pele, mas este filme demonstra que o instinto de sobrevivência trabalhando com o amor pelos seus familiares pode salvar não apenas a si próprio, como pode salvar um mundo, o mundo de uma criança.

Um comentário:

  1. Elian da C. B. Pinheiro5 de fevereiro de 2013 às 00:51

    O filme de fato nos ensina como através do amor podemos romper nossas próprias barreiras e nos tornarmos bem mais forte que o medo. Na tentativa de salvar o filho, Guido não apenas o protege da dor da angustia do momento, mas o protege também de um futuro moldado pelo trauma da 2ª guerra e dentro da mesma, pelo terror do nazismo.

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